Influencers estão abandonando as redes sociais e voltando para a CLT. A frase parece exagerada, mas é o retrato de uma realidade cada vez mais comum entre criadores de conteúdo que apostaram tudo no sonho da liberdade digital e estão colhendo os desafios de um mercado mais competitivo, instável e saturado.
A ilusão do estrelato rápido
Outro dia, vi uma moça emocionada dizendo que havia “vencido na vida” porque apareceu nos Stories do Carlinhos Maia (vídeo abaixo). Esse tipo de reconhecimento momentâneo alimenta a ilusão de que qualquer um pode viralizar e viver disso. Mas a pergunta é: você está preparado para empreender no mercado da influência?
Spoiler: influenciar é empreender. E isso exige estrutura, planejamento, base financeira e resiliência.
Cresce o número de influenciadores… e também o abandono
Uma reportagem recente da revista Marie Claire mostrou o depoimento da influenciadora Gabrielle Gimenes. Ela largou tudo para viver de criação de conteúdo, mas precisou voltar para a CLT. O motivo? Mês com faturamento quase zero, engajamento instável, parcerias escassas.
“Tinha mês que não ganhava praticamente nada – engajamento cai, algoritmo muda, parcerias somem.”
Segundo a plataforma de dados DataReportal, o Brasil é o segundo país do mundo em tempo gasto nas redes sociais. Entre março de 2024 e março de 2025, o número de influenciadores digitais saltou de 1,2 milhão para 2 milhões, de acordo com levantamento da Influency.me.
O que está por trás do sonho
O desejo de vender um lifestyle de liberdade, autonomia e sucesso online esbarra na realidade: pressão constante, rotina desgastante e uma renda que depende 100% da boa vontade do algoritmo. A influência sem estrutura é um castelo de cartas.
É preciso construir um projeto com base. Isso significa:
- Ter modelo de monetização escalável
- Criar fontes de renda diversificadas
- Produzir conteúdo com estratégia
- Desenvolver um ativo digital que vai muito além de likes
Três sinais de alerta para quem vive (ou quer viver) de internet
- Engajamento despencando
- Dependência total de publis
- Ausência de contratos ou renda recorrente
Se você está vivendo isso, talvez seja hora de repensar seu modelo. Muita gente desiste antes da virada. Eu mesmo levei mais de um ano para começar a monetizar com consistência.
Conciliar com outro trabalho no início não é fracasso. É estratégia.
O conselho de quem vive disso
Independente do seu nicho, se você quer ter um negócio digital (e não apenas um perfil com likes),
você precisa de BASE.
BASE é o que te sustenta quando o algoritmo muda.
BASE é o que garante renda mesmo quando a publi não vem.
BASE é o que transforma um criador em um empreendedor digital de verdade.
Hoje, eu monetizo com:
- Cursos (online e presenciais)
- Consultorias
- Palestras
- Mentorias
- Afiliados
- E sim, parcerias (mas elas são parte, não tudo)
Pra encerrar, uma reflexão:
Não é sobre desistir do sonho, mas sim sobre estruturar ele direito. Não é sobre parar de postar, é sobre parar de postar sem intenção. O criador que vai mais longe é aquele que entende que influenciar é um negócio, e se comporta como tal.
–
Se gostou do conteúdo, me acompanha no Instagram @raphafalcaof para ficar por dentro do mundo do marketing.